domingo, 26 de junho de 2011

Resenha do Livro Propaganda Popular Brasileira

O porquê escolher este livro para ler?
Bom, primeiramente vendo a listagem indicada pelo professor este livro foi o que mais em chamou atenção, pois o tema é muito sugestivo, propaganda popular brasileira, onde hoje novas idéias podem ser baseadas nas passadas, e que a propagandas passadas que tiveram uma grande lembrança no publico brasileiro e se criou bordões como o da Brastemp.
Propaganda brasileira é no meu ponto de vista uma das mais criativas, não generalizando, mas muitas vezes algumas agenciam tem o ar muito inovador, fazendo com que, quem vê o anuncio não apenas televisivo mas impresso, para pensar, refletir, mexe com seus desejos, isso pode ser tanto com vários produtos ou com algum tipo de serviço.
Num primeiro momento percebe-se que o livro trata-se de entrevistas com publicitários. Interessante os aspectos listados, publicitários falando de suas vidas, carreiras, como chegarão a uma vida bem sucedida, o fato é todos tem em comum a publicidade lincada em suas vidas.
Publicidade e Propaganda brasileira relatam através de uma maneira diferente situações vividas na pele pelos entrevistados, vários comentam que no começo dos anúncios o Brasil era totalmente poluído por anúncios estrangeiros, principalmente americanos, não se tinha idéias próprias, outros comandavam este ramo.
Com o interesse pela área, começa a se desenvolver diversos anúncios publicitários brasileiros, claro que sempre pesquisando e tendo como base os EUA. A publicidade e a linguagem usada no Brasil eram mais ousadas, tinha-se mais vontade em fazer as propagandas, pois o Brasil estava se desenvolvendo economicamente, e assim surgindo lojas e produtos importados e franquias que precisassem ser anunciados.
Um dos publicitários que desenvolveu e buscou conhecimento fora foi Alexandre Periscinoto, ele desenhava anúncios de varejo tudo a mão, na época todos os anúncios eram feitos dessa forma, ou seja, ilustrações de produtos em catálogos e jornais de grande circulação. Inovou no Brasil com a criação de duplas de criação, fazendo a junção entre redator com ilustrador e assim criando novos cargos.
Outro publicitário que contribui para a entrevista é Roberto Duailibi, onde percebemos na leitura que o potencial dele é a arte de vendas, que se alguém esta comprando, esta pessoa é feliz, e que se a publicidade contribui com isso, é algo satisfatório. Passou e conhece algumas grandes agências brasileiras, e também vivenciou as mudanças que acontecerão, nas agencias.
Mudanças de melhorias, as agencias hoje sempre estão em constantes transformações, assim como algumas propagandas que tiveram grandes questionamentos entre a sociedade, a questão de dizer que o publico é burro ou não, ele defende que algumas agências não tratam as pessoas como burras, a outras que sim, mas que a sociedade sabe que não se encaixam nesse perfil, mas apenas utiliza e absorve do anuncio o que tem de melhor, ou útil.
O Brasil  é um pais em desenvolvimento gera algumas polemicas para as propagandas, por haver desigualdades, faz com que as pessoas, roubem uma pessoa que comprou um determinado relógio e assim, por diante, Roberto Duailibi defende, que as pessoas tem desejos de comprar, se sentir bem, mesmo que não tivesse a publicidade, haveria a desigualdade, e assim pessoas com bens que gerariam o desejo das outras.
Para novos publicitários no mercado de trabalho, o ato da pesquisa e de ler bons livros fazem com que o aprendizado histórico tenha mais conhecimento agregando informações, como é o exemplo a ler este livro, nem tudo pode ser aprendido em sala de aula, ha vivencia que os entrevistados nos trazem, faz com que exercemos um novo modelo de publicidade e propaganda na sociedade.
Roberto é um dos sócios da DPZ, no site da agencia tem o seguinte enunciado- As próximas décadas reservam à DPZ um futuro de sucesso, com muitos planos de expansão e continuando cada vez mais a apostar nos talentos que surgem todos os dias. Mesclando gerações, a DPZ se mostra ágil, ousada, mantendo sua posição de agência de vanguarda. Uma agência que é 100% brasileira, com fôlego de quem começa todo dia e know-how de agência mais premiada do Brasil.
A vida profissional nem sempre se inicia na flor da idade, ou dentro de uma agencia de publicidade, o que realmente faz com que as pessoas descubram seus verdadeiros talentos, são os erros, o começar errado, ou fazer o que pensa que gosta, e lincar a outra, que tem a haver com a publicidade, assim que se forma grandes profissionais, e assim se tornam também grandes pessoas.
Propaganda hoje para a visão de profissionais com renomes devem ser verdadeiras, e de acesso restrito para que não saiba a usar, não havendo falsas premiações de propagandas que são maravilhosas, mas que nunca teve circulação, ou ate mesmo nunca foi apresentado para o cliente como cometa em breves palavras Marcelo Conde.
O entrevistado sugere para que publicitários de hoje, ao elaborar sua propagando pense em seus filhos, o publico que ira receber e visualizar o anúncio. Pode ser, um serviço ou produto, que faz com que a criança “crie” certa atração, de a tela, e ao final, você sabe que não passa de uma propaganda enganosa.
Publicidade hoje de vê ser vista como uma criação de realidades, vontades, algo que o cliente e o consumidor fiquem satisfeitos ao receber e comprar, a ABAP, busca passar este tipo de informação para o publico, fazendo diversas chamadas em mídias para o publico, para que não sejam tratados como pessoas “burras”, pois o povo não é mais assim.
Para acadêmicos de vivencia apenas em salada de aula cabe a si mesmo fazer a sua busca por conhecimentos locais e fatos marcantes que a publicidade brasileira produz, e criou. Hoje existem propagandas bem elaboradas, mas se visualizarmos o contexto das antigas, como o livro traz alguns exemplos, o conceito que a publicidade nos passa é diferente.
Não a idade certa para se dizer que este pronto para trabalhar no meio da comunicação, Francesc Petit, teve uma grande experiência aos seus 18 anos, quando já trabalhava com cartazes, e ao ver que a Varig estava abrindo um processo seletivo, como pode dizer para uma nova imagem, ele fez em um esboço uma ilustração, pegou o melhor material que conseguiu, passou para o papel, e entregou, com muitos detalhes, e dito e feito, um garoto de 18 anos que apenas quis fazer um teste, quase teve um ataque, pois sua obra foi escolhida.
Claro, o publico era diferente, mas ao verificar com o passar dos anos, o garoto propaganda Bombril, ele mudou, o jeito de se fazer e vender o seu anuncio mudou, as pessoas mudarão, mas ainda continua a imagem do garroto propaganda de mais de dez anos atrás, a publicidade não vai fazer você ficar mais rico, ou deixar você mais pobre, ela apenas abre as suas escolhas.
Publicidade e Propaganda é um elo, o anunciante não vive sem, o publico de alguma maneira vai ser atingido, vai fazer o ritmo, vai ter sua movimentação, e claro como alguns publicitários entrevistados revelam e ficam felizes, quando vêem o produto sendo vendido. Vale a pena ler um livro, e ainda mais se for um bom livro, que faz você explorar suas idéias e questionar idéias usadas, como você pode verificar em Propaganda Popular Brasileira. Por Guilherme Azevedo.

Autor: Evandro M. Simon

Estratégia e Competitividade na Adoção de Inovações da Moda: O Sucesso das Marcas

Percorrendo pela história da comunicação não pode-se estudá-la sem deixar de abranger os conceitos e teorias revendo os paradigmas que norteiam a sociedade e padronizam os períodos históricos dos quais são capazes de promover as tendências gerais de diversas áreas. Na moda, os fenômenos de criação de difusão são muito recentes uma vez que haviam padrões de beleza e vestuários determinados como corretos.
Hoje, com o desenvolvimento da moda, o que era tradicional perdeu referência dando lugar ao novo, ao tecnológico e irreverente. E, isso é vital para as empresas produtoras, para a economia em geral e para o consumidor pois fortalece ainda mais a concorrência. A moda, tem se desenvolvido numa velocidade muito grande e se tornou de certa forma, produtos voláteis. Todos já nascem com sua obsolescência programada. A cada estação que chega, são despejadas para o mercado uma infinidade de novos produtos para atender diferentes necessidades e desejos.
O marketing com um mix integrado de comunicação impulsionou esse mercado principalmente quando adentrou as massas populares possibilitando o conhecimento e claro, despertando desejos nas pessoas. Embora a difusão esteja sendo feita, a adoção e uso destas são complexas, pois podem ser interpretadas positiva ou negativamente pela massa podendo influenciar na decisão de compra. Porem o consumo é discutido em três linhas, a Econômica, que tem como premissa a expansão da produção capitalista, a Sociológica que traz a relação de satisfação proporcionada pelos bens e, a Psicológica, que considera os prazeres emocionais do desejo consumista.
Principalmente o consumidor jovem, vive em constante insatisfação em busca de novidades para que se sinta vivo e atualizado, tornando-o refém das inovações como forma de aceitação social e essa mania de mudanças constantes funcionam como uma válvula de escape do jovem para questões como depressão, exclusão social e perda de auto-estima.
Quando se fala em Inovação, pode-se dizer  que normalmente a definição mais bem aceita é “qualquer idéia ou produto percebido pelo adotante potencial como sendo novo”. Porém, esta é uma definição bem subjetiva pois tudo depende da interpretação de uma pessoa para outra. Ainda, pouco importa se a idéia é nova ou não pois o que realmente importa é a reação da pessoa, se para ele a idéia é nova, então é inovação. Essa inovação pode ser tanto Simbólica, que possuem uma vantagem relativa em função do desejo dos consumidores por um novo visual quanto Tecnológica, pelas suas características técnicas. Na moda, um novo produto não rompe necessariamente como o passado e sim recicla a idéia.
Por fim, o processo de decisão de compra é composto por cinco estágios: Conhecimento, quando o consumidor compreende a inovação; Persuasão, que pode ser favorável ou não, dependendo do risco percebido; Decisão, onde o consumidor pode aceitar ou rejeitar o produto; Implementação, quando o consumidor põe o a inovação em uso e, a Confirmação, onde a decisão é reforçada.

Autor: Roberto Schervinski

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Os piores textos de Washington Olivetto

OLIVETTO, Washington. Os piores textos de Washington Olivetto. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2004. 230 p.
Este é um dos livros que desperta o interesse dos publicitários em ler todo o conteúdo, pois os textos são bem diretos e não é cansativo, o que mais facilita o entendimento é a vivencia do autor nas historias e fatos, e também o conhecimento que o publico ira adquirir e ate mesmo se identificar com determinadas situações vividas.


O livro é dividido em 48 capítulos, trazendo vivencias e textos elaborados pelo autor no decorrer de sua carreira, o autor aborda nos textos um diferencial, como no seu primeiro conto que aborda varias situações vividas com demais autores, apresentadores, cantores entre outros, o mais incrível é que Olivetto tem grandes historias e convívio com as pessoas, fazendo assim que seus textos sejam surpreendentes, e trazendo algo novo, que englobe a publicidade e as mais diversas áreas de ligação.
Cada capítulo do livro tem historias instigantes, o autor às vezes se projeta no texto diretamente, talvez seja por que teve um grande vinculo com o tempo espaço ocupado na época, os contos são divididos por uma percepção de datas, segue uma linha do tempo dos acontecimentos vivenciados no Brasil, como suas historias, citações da publicidade nos EUA, Inglaterra e Brasil, a vivencia com artistas para as elaborações de novos trabalhos, este livro é de fato um aparato muito interessante para quem gosta de uma boa leitura.
No quesito conhecer o seu produto e também seu cliente o capítulo sete deixa isso bem claro, onde o Olivetto e seus sócios saem a campo para fazer a pesquisa de mercado, sobre a cervejaria que os mesmo comprarão, com um olhar critico e sentindo o ambiente de consumo da bebida, os mesmos sentem as tendências de como trabalhar a marca, e uma jogada para que a cerveja não seja apenas uma cerveja, passam o dia todo visitando bares e afins, para chegar a um conceito final, onde você conhece seu produto, se conhecer o local de venda do mesmo e como vai ser aceito.
As afirmações do autor sobre as historias são visivelmente verdadeiras, pelo fato de grande parte ser vivenciada em território brasileiro, e com algumas historias e acontecimentos que são relembrados ate hoje pela população, e ate mesmo de quem já conhece as obras do autor. O livro traz bastante conhecimento e agrega informações, de como fazer e não fazer publicidade, e este contexto estará presente em toda nossa vida profissional
Washington Olivetto, um grande publicitário do Brasil, de renome, que trabalhou em grandes agências, mas acabou fundando a sua própria por incentivo dos amigos que alegavam ele receber pouco por seu talento.   Em função das criativas campanhas e inúmeros prêmios que ganhou, é com certeza uma grande e importante figura do nosso país. A editora planeta pediu a ele para relatar os textos que ele fez ao longo da vida e transformar está vivencia em um único livro. O publicitário a principio se recusou alegando que seus textos não eram bons o suficiente para o projeto, mas fora convencido tendo como o contra argumento de que era exatamente esse estilo de texto, de fácil compreensão e ate engraçados que os leitores queriam.
   O autor Washington Olivetto, publicitário.
    Evandro Marcelo Simon, acadêmico do primeiro período Comunicação Social - Publicidade e Propaganda, Unochapecó.