O porquê escolher este livro para ler?
Bom, primeiramente vendo a listagem indicada pelo professor este livro foi o que mais em chamou atenção, pois o tema é muito sugestivo, propaganda popular brasileira, onde hoje novas idéias podem ser baseadas nas passadas, e que a propagandas passadas que tiveram uma grande lembrança no publico brasileiro e se criou bordões como o da Brastemp.
Propaganda brasileira é no meu ponto de vista uma das mais criativas, não generalizando, mas muitas vezes algumas agenciam tem o ar muito inovador, fazendo com que, quem vê o anuncio não apenas televisivo mas impresso, para pensar, refletir, mexe com seus desejos, isso pode ser tanto com vários produtos ou com algum tipo de serviço.
Num primeiro momento percebe-se que o livro trata-se de entrevistas com publicitários. Interessante os aspectos listados, publicitários falando de suas vidas, carreiras, como chegarão a uma vida bem sucedida, o fato é todos tem em comum a publicidade lincada em suas vidas.
Publicidade e Propaganda brasileira relatam através de uma maneira diferente situações vividas na pele pelos entrevistados, vários comentam que no começo dos anúncios o Brasil era totalmente poluído por anúncios estrangeiros, principalmente americanos, não se tinha idéias próprias, outros comandavam este ramo.
Com o interesse pela área, começa a se desenvolver diversos anúncios publicitários brasileiros, claro que sempre pesquisando e tendo como base os EUA. A publicidade e a linguagem usada no Brasil eram mais ousadas, tinha-se mais vontade em fazer as propagandas, pois o Brasil estava se desenvolvendo economicamente, e assim surgindo lojas e produtos importados e franquias que precisassem ser anunciados.
Um dos publicitários que desenvolveu e buscou conhecimento fora foi Alexandre Periscinoto, ele desenhava anúncios de varejo tudo a mão, na época todos os anúncios eram feitos dessa forma, ou seja, ilustrações de produtos em catálogos e jornais de grande circulação. Inovou no Brasil com a criação de duplas de criação, fazendo a junção entre redator com ilustrador e assim criando novos cargos.
Outro publicitário que contribui para a entrevista é Roberto Duailibi, onde percebemos na leitura que o potencial dele é a arte de vendas, que se alguém esta comprando, esta pessoa é feliz, e que se a publicidade contribui com isso, é algo satisfatório. Passou e conhece algumas grandes agências brasileiras, e também vivenciou as mudanças que acontecerão, nas agencias.
Mudanças de melhorias, as agencias hoje sempre estão em constantes transformações, assim como algumas propagandas que tiveram grandes questionamentos entre a sociedade, a questão de dizer que o publico é burro ou não, ele defende que algumas agências não tratam as pessoas como burras, a outras que sim, mas que a sociedade sabe que não se encaixam nesse perfil, mas apenas utiliza e absorve do anuncio o que tem de melhor, ou útil.
O Brasil é um pais em desenvolvimento gera algumas polemicas para as propagandas, por haver desigualdades, faz com que as pessoas, roubem uma pessoa que comprou um determinado relógio e assim, por diante, Roberto Duailibi defende, que as pessoas tem desejos de comprar, se sentir bem, mesmo que não tivesse a publicidade, haveria a desigualdade, e assim pessoas com bens que gerariam o desejo das outras.
Para novos publicitários no mercado de trabalho, o ato da pesquisa e de ler bons livros fazem com que o aprendizado histórico tenha mais conhecimento agregando informações, como é o exemplo a ler este livro, nem tudo pode ser aprendido em sala de aula, ha vivencia que os entrevistados nos trazem, faz com que exercemos um novo modelo de publicidade e propaganda na sociedade.
Roberto é um dos sócios da DPZ, no site da agencia tem o seguinte enunciado- As próximas décadas reservam à DPZ um futuro de sucesso, com muitos planos de expansão e continuando cada vez mais a apostar nos talentos que surgem todos os dias. Mesclando gerações, a DPZ se mostra ágil, ousada, mantendo sua posição de agência de vanguarda. Uma agência que é 100% brasileira, com fôlego de quem começa todo dia e know-how de agência mais premiada do Brasil.
A vida profissional nem sempre se inicia na flor da idade, ou dentro de uma agencia de publicidade, o que realmente faz com que as pessoas descubram seus verdadeiros talentos, são os erros, o começar errado, ou fazer o que pensa que gosta, e lincar a outra, que tem a haver com a publicidade, assim que se forma grandes profissionais, e assim se tornam também grandes pessoas.
Propaganda hoje para a visão de profissionais com renomes devem ser verdadeiras, e de acesso restrito para que não saiba a usar, não havendo falsas premiações de propagandas que são maravilhosas, mas que nunca teve circulação, ou ate mesmo nunca foi apresentado para o cliente como cometa em breves palavras Marcelo Conde.
O entrevistado sugere para que publicitários de hoje, ao elaborar sua propagando pense em seus filhos, o publico que ira receber e visualizar o anúncio. Pode ser, um serviço ou produto, que faz com que a criança “crie” certa atração, de a tela, e ao final, você sabe que não passa de uma propaganda enganosa.
Publicidade hoje de vê ser vista como uma criação de realidades, vontades, algo que o cliente e o consumidor fiquem satisfeitos ao receber e comprar, a ABAP, busca passar este tipo de informação para o publico, fazendo diversas chamadas em mídias para o publico, para que não sejam tratados como pessoas “burras”, pois o povo não é mais assim.
Para acadêmicos de vivencia apenas em salada de aula cabe a si mesmo fazer a sua busca por conhecimentos locais e fatos marcantes que a publicidade brasileira produz, e criou. Hoje existem propagandas bem elaboradas, mas se visualizarmos o contexto das antigas, como o livro traz alguns exemplos, o conceito que a publicidade nos passa é diferente.
Não a idade certa para se dizer que este pronto para trabalhar no meio da comunicação, Francesc Petit, teve uma grande experiência aos seus 18 anos, quando já trabalhava com cartazes, e ao ver que a Varig estava abrindo um processo seletivo, como pode dizer para uma nova imagem, ele fez em um esboço uma ilustração, pegou o melhor material que conseguiu, passou para o papel, e entregou, com muitos detalhes, e dito e feito, um garoto de 18 anos que apenas quis fazer um teste, quase teve um ataque, pois sua obra foi escolhida.
Claro, o publico era diferente, mas ao verificar com o passar dos anos, o garoto propaganda Bombril, ele mudou, o jeito de se fazer e vender o seu anuncio mudou, as pessoas mudarão, mas ainda continua a imagem do garroto propaganda de mais de dez anos atrás, a publicidade não vai fazer você ficar mais rico, ou deixar você mais pobre, ela apenas abre as suas escolhas.
Publicidade e Propaganda é um elo, o anunciante não vive sem, o publico de alguma maneira vai ser atingido, vai fazer o ritmo, vai ter sua movimentação, e claro como alguns publicitários entrevistados revelam e ficam felizes, quando vêem o produto sendo vendido. Vale a pena ler um livro, e ainda mais se for um bom livro, que faz você explorar suas idéias e questionar idéias usadas, como você pode verificar em Propaganda Popular Brasileira. Por Guilherme Azevedo.